segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A CASA BRANCA


A Casa Branca
Caiada todinha de branco
por dentro e... por fora
o varandal?

Sempre perfumado
exalando das flores do roseiral

E ao entardecer...
Quando o sol se despedia
por haver comprido seu dia
Benedito vinha faceiro
iluminar a casa
com lampeões e candieiros

A Casa Branca iluminada
era tão... linda...
Quantas festas!
Quantos saraus!

Ouvia-se aplausos
muita e... muita alegria
Sinhá Rosário ao piano...
Sinhá Mercedes cantado...
Ah! Que mesa farta...
Quantas iguarias!

E o coronel?
O patrão austero
Esbanjava... por ser rico fazendeiro


Porém
ao longe da mansão
havia choro e lamentação
--"Sim, era da Senzala
toda escura
Sem sequer uma abertura"

Benedito...
Com um crucifixo entre as mãos
mostrava aos companheiros
apaziguando-os com mansidão

Todos famintos e revoltados
pelas injustiças do impiedoso patrão

-- "Calma... calma irmãos meus
Vamos cumprir... nossa missão
Na terra Jesus também sofreu
e nunca... nunca reclamou
Vamos pedir força...
Força para Deus Nosso Sinhô
Ele é justo e bom
Só ele tem a explicação"

E o tempo foi passando... passando
e passou.
E tudo lá... modificou


E aquela linda casa?
É hoje a "A VELHA CASA BRANCA".